Vidas cruzadas

weheartit

Nunca conseguirei entender porque me custa tanto...
Existem pessoas que por natureza têm facilidade em se dar a conhecer, em calmamente meterem conversa e fazer amigos. E, por vezes ascende a mais alguma coisa. Às vezes logo nessa noite ou dia, outras vezes após mensagens e encontros de encantar.
E eu?

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Sonho ansiosa pelo dia em que alguém me irá convidar para beber um café, mais que não seja, mandar-me uma mensagem a dizer que gostou de me conhecer.
Assim, nestes dias solarentos levar-me a passear.
Eu sou boa companhia, eu sou simpática e, pode parecer de repente que me estou a vender aqui online e barato mas, não passa de um desabafo, de uma angústia talvez, de sentimentos recalcados. Aqui mora só a diferença entre os meus cadernos que só eu leio e o blog que está online para quem quiser. Mas não tenho vergonha.
Já me deixei disso.
Gosto simplesmente disto, é realmente uma sensação de liberdade, de peso nos ombros atirado ao ar. Estou crescidinha para compreender que talvez haja por aí mais alguém que se pode identificar comigo e com o que sinto. Talvez alguém que poderá ficar mais descansada, por saber que algures atrás da tela do computador existe alguém igual. Sozinha mas sem vontade de procurar. Eternamente à espera que alguém se decida a procurar-nos. Por uma vez só.
Mas é um erro esta minha dificuldade em agir, em procurar. Mas só hoje sei o porquê. Frustração pelo que já dei, pelo que me levaram. E pior, dei mal e mesmo assim ainda levaram qualquer coisa do que restou e eu não me encontro. E eu não me sei dar. Sou esquisita já me disseram e, com toda a razão. Falam em padrões e tipos de homens.
Talvez até sei quem poderias ser. Mas estás longe e mesmo perto nunca a ti cheguei.
És alguém completamente fora do meu circulo de amigos mas que sempre em mim despertaste uma vontade enorme de te conhecer.
Um dia, uma senhora explicou-me que vivemos várias vidas. Que de cada vez que vimos à Terra é para vivermos uma. Depois morremos, a nossa alma permanece e regressamos quando decidimos e, para trabalhar sobre as nossas falhas e irmos construindo uma alma cada vez melhor. Nessas passagens (sim, porque eu acredito que são passagens), cruzamo-nos por vezes com as mesmas pessoas e que certas histórias se podem resolver em vidas diferentes.
Quando olho para ti e, não é de hoje, é assim que sinto. Que preciso de te conhecer, que adoraria saber quem és e como és. Mas, estas passagens também servem para aprender. Oxalá eu tenha vindo nesta para me saber comportar e enfrentar estes medos de me expressar sem ser escrevendo. É uma pena não ter vindo para aprender outra coisa qualquer porque esta situação já me enjoa.
Medo por pensarem que sou doida, que sou chata, que não presto para nada, que sou assim ou assado e que quinhentas mil mulheres seriam muito melhores. Já me disseram que a isto se chama auto-estima. É verdade mas eu até me gosto às vezes, tem dias.

"Um dia gostava de te conhecer"
(Já lá vai um tempo, nunca a ti cheguei para te perguntar o que achaste e já nem me lembro como escrevi, mas foi talvez qualquer coisa assim)

Agora com certeza que até podes namorar, nem tão pouco lês o meu blog, mas ainda não perdi a esperança de me expressar pessoalmente nem que seja na próxima vida. Com toda a certeza teremos internet e poderei mostrar-te o meu blog. Caso contrário, vou aperfeiçoar a memória nesta para que este texto permaneça e eu me lembre de te contar a caminho.
Parece que me estou a confundir por agora. Desde sempre.

Aos meus leitores votos de uma boa noite de sono.
Como sempre disse: sonhos cor de rosa para as meninas e azuis para o meu calcanhar de Aquiles - os homens. : p
E bons sonhos para ti que não te conheço, de qualquer cor!