quarta-feira, 24 de outubro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

L.O.V.E by me

Cresci com todas as princesas da Disney. Cresci num castelo onde os Reis eram a manifestação perfeita do amor. Depois saí para a floresta e de pouco me valeram as fadas madrinhas. Fiz coisas que não devia, em sítios que não devia, embrolhei-me em palermices que não precisava. Quebrei-me por dentro aos pedacinhos. E, de cada vez que me apaixonava por um novo principe, a sapa crescia dentro de mim. Fui uma crente de casamentos, ainda sou uma adepta de contos de fadas e finais felizes e, não perco um casamento dos meus amigos porque acredito de que existem amores para sempre. Mas, já não acredito nas juras eternas a meu respeito. E não digo isto com tristeza ou desgosto. Digo porque me conheço. Porque conheço cada pedacinho quebrado que cá está dentro.
Vou continuar a apaixonar-me sempre pelos principes errados. Mas são esses que me dão alento. Ao contrário do que talvez pensasse há uns meses, a vida é bonita demais e tem mesmo de ser vivida. E, do que conheço de mim, sei que de há uns tempos para cá muita coisa mudou.  Conheço melhor os meus defeitos, aprecio muito mais as minhas qualidades que tanta gente me teima em revelar, gosto muito mais dos meus 1.68m, dos meus 68 quilos e das estrias que tenho às direitas e às esquerdas. Gosto muito mais das minhas mamas pequenas porque estão saudáveis e, adoro as ancas largas para me balançar numa pista de dança. Já não tenho vergonhas em aceitar que muitos não me quiseram, e, já aceito que em outras alturas, até existiram pessoas que me quiseram da forma que sou, e que eu não reconheci tal possibilidade.
Com o passar dos anos, certas serenidades e certezas brotam e, olhando para trás, certos momentos, certas conversas, certas pessoas parecem uma perda de tempo.
Não uma perda na minha vida. 
Isso nunca. Mas podia ter sido mais breve, podia ter sido mais ligeira. Mas lá está. Apesar de me apaixonar pelos impossíveis, continuarei sempre a atirar-me de cabeça. A amar profundamente. Porque quando me for daqui, quero ir cheia. Eu até me lembro da segurança que já tinha aos dez anos e dos sentimentos que já nutria. Não há idade mas há formas. E há o crescer e o sentir de outra maneira, apreciando e temendo de uma outra forma. 

Sobre saudades, pensamentos desnecessários e outros afins.

Numa cidade grande como esta, em que as pessoas são tão superficiais, correm tão depressa, pouco olham e nada falam, chegar a casa e refugiar-me neste quarto parece, por vezes, a coisa mais certa, mais segura de fazer, de me fazer sentir. Sentir saudades. Ter estes pensamentos desnecessários e, muito menos, assistir a programas televisivos que tocam nas emoções e fazem debrochar um mar de lágrimas repentino. Acho que em 3 anos já chorei mais em Inglaterra do que nos 25 em Portugal. Ou sou efectivamente dona de um saco lacriminal mínimo ou, de facto, sou uma lamechas de terceiro grau. 

Ouvia hoje um famoso qualquer a dizer exactamente o que o meu pai me respondeu numa conversa séria, que tivemos durante as férias sobre a morte, "Não tenho medo de morrer, tudo acaba. Acaba e pronto. Não há mais nada. Tenho medo sim de sofrer ou ficar incapacitado e dependente de terceiros". Como é que podem falar disto tão tranquilamente, de uma forma segura e sem medo. A mim, arrepia-me só de pensar nisso. Talvez por não gostar de despedidas. Não só pela saudade que me causam já antes da partida mas, pela angústia de um regresso curto. Sou uma pessoa saudosista. tenho este defeito terrível. Como adoraria ter qualquer outro. Este é consumidor. Consumidor de paixões, de emoções, de turbulhões. Podia de facto ter qualquer outro que pelo menos me trouxesse benefícios. Sei lá quais mas, outros. Pensamentos desnecessários.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012




Nunca te esquecerei.
Já faz hoje um mês.
Que saudades minha doce amiga :(

sábado, 13 de outubro de 2012

Home

Dates, um assunto a ponderar.


às vezes não sei como explicar à minha família o quão difícil é estar aqui num dia destes escuros e cheios de chuva onde nada parece ser útil a nos aquecer. Onde o telefone toca e eu não quero atender, onde algumas pessoas me convidam e eu não quero sair. Onde a maioria das pessoas vai pensar "Woaw Londres deves estar a adorar" e eu só enrolo os olhos e penso "estou farta disto". luzes apagadas, pijama vestido e uma boa noite de sono até o amanhecer de um dia onde me possa sentir mais útil e mais energética. hoje não. nem tão pouco ontem e a ver vamos amanhã. no outro dia uma amiga dizia que também se sente assim. e a solução foi inscrever-se num site de Dates. Vou pensar no assunto.

inverno.

não sei o que escrever ou o que dizer. Têm sido uns dias aborrecidos. esta cidade é demasiado fria e solitária no inverno. que seca.

domingo, 7 de outubro de 2012

The cat & the Man. Both stupids.

O meu novo senhorio tem gatos. E eu sou uma mulher de cães. Sempre ouvi dizer  "quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu cão". E sabem do que me apercebi? Que a frase está super certa. Os homens são como os gatos. E eu passo-me com gatos. Logo, passo-me com homens. Então a minha analogia resulta da convivência que tenho tido com gatos nas últimas semanas. Os gatos são manhosos, gulosos, com a mania que são elegantes, com a mania que são independentes. Mas não são. São uns parvos. Tal como os homens. Parvos porque chamam a tua atenção rossando devagarinho ao passar pelas nossas pernas. Se não lhes ligas nenhuma, continuam. Insistem até te cansarem. Estendes a mão para lhes dar uma festa e os parvos afastam-se. Não dá para entender. Depois há mais. Se estiveres a jantar, vêm a correr para lhes dares comida. E miam, miam, miam, miam mas, assim que mostras a tua doçura, o teu bem querer, o teu amor, viram-te as costas e mostram-te o rabo ao desaparecer. Típico. Idiotas. Gosto mesmo é de cães.