Afinal falta-me um bocadinho para ser emigras. Eu não fico três anos sem ir a Portugal (nem três meses já me aguento...), eu não guardo seis semanas de férias para as ir gozar em Julho e no Natal ao meu país. Eu não vou ver o Tony Carreira em Londres brevemente, eu também não vou de carro para Portugal com 24 horas de condução. Mas, toca-me sempre por dentro quando oiço um português a falar destas coisas. Questiono vezes sem conta de como é capaz de tudo isto? E pior... como já vive aqui há 20 anos?!
Hoje foi dia de jogo da selecção e lá fui com a Gi ao português petiscar um chouriço assado e uma imperial com uma pressão digna de se ingerir. Nada se compara à nossa cevada. Pois claro que acabei a noite a falar com o empregado do restaurante sobre a sua vida de emigrante. "O pior de tudo foi o primeiro ano porque deixei a minha mulher com a minha filha com uma ano e meio. No natal disse-lhe assim que lá cheguei, ou venho de vez ou vais tu. Vieram elas e, agora são os meus filhos que não querem ir. Que faço? Fico aqui, não tenho opção. Mas tenho toda a família aqui, só lá estão os velhotes".
Mais uma vez saí de lá depois de me rir imenso. Ah e tal, "é alfacinha!" hahahah
Cada vez mais sou como o Variações, só estou bem onde não estou. Se estivesse em Portugal, queria estar num outro lugar qualquer. Convenci-me por estes dias que por aqui vou continuar e estou feliz por isso e, essa é uma boa razão para continuar. Depois daqui, a rota já está traçada. Exame vai ser marcado antes do Natal e, desta vez a Universidade não pode falhar em Janeiro. Tenho dito!
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