"Neste país é tudo ao contrário. Até os dias das Mães são em dias diferentes. Dia 3 de Abril. Sim, neste sábado foi dia da Mãe por Terras Inglesas. Tudo o que era montras de lojas tinham produtos alusivos à Mãe. Lenços, flores, bonecos, cd, vídeos, roupa, cabeleireiros, malas, sapatos... tudo. Nada de beijos e abraços bem apertados. Isso é que eu queria muito. Muito muito. Assim de uma maneira extraordinária.
Tenho falado de ti.
Tenho falado de ti nos últimos tempos de uma forma estranha.De maneira a que ninguém te esqueça. Tenho medo de que as pessoas te esqueçam. Se te esquecermos é sinal que vais estar mais longe ainda e eu não quero. Quero-te perto. Ausente,já me estou a consciencializar.Mas longe... isso nunca.
Tenho descrito imensas vezes a diferentes pessoas como tu eras.
Tenho saudades tuas outra vez. Ter visto estas montras e estas Mães todas na rua a passear com os pequenos provocou-me uma certa nostalgia.
Gostava de puder comprar um postal e dizer que és a melhor do mundo. Depois comprava-te umas rosas branquinhas e punha apenas uma rafia em volta. Sem embrulhos. E depois? Depois levava-te a jantar fora. Podíamos ir assim a Sesimbra ao Toni comer um espadarte grelhado. A memória é uma coisa muito boa."
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