quinta-feira, 18 de agosto de 2011

One Day



"
" Isto não está a correr bem...".
Pois não, e não é só no Iphone. É aqui dentro também. E foi sem dar por isso. Assim como quem não quer nada. Mais nada e, de repente tudo.
Até me sinto nervosa e nem estás aqui de frente. Até tremo das mãos e nem contigo estou.
Estou com medo.
Deixei-me levar de novo. Que cabeça é a minha? Que coração de merda é este de que fui feita?
Porque é que me apareceste na vida?
 Hoje percebi que não quero ser tua amiga. Desculpa por isso, sendo tu tão brilhante!
Não fui honesta contigo este tempo. Mas principalmente não fui honesta comigo. Escondi sentimentos, evitei frustrações, não dei importância. A verdade é que há anos que sei que, se um dia me cruzasse de mais perto iria gostar de Ti. E não falhei, sou uma mulher de intuições. E certas, por sinal.
Ou pensas que a minha antipatia vinha de onde?
Vinha simplesmente do terror de te sentir a aproximar. Se te tratasse mal nunca me irias suportar e ficarias longe para sempre.
Foi no momento em que te paguei uma cerveja que senti o peso da responsabilidade. Se me aproximo mais, tropeço.
Tentei tropeçar um mês depois. Carente, alcoolizada, desiquilibrada. Vê lá tu que nem sabia que namoravas! Felizmente e, isso tenho de te agradecer, afastaste-me. Sempre que estou contigo orgulhas-te a dizer que fui a única pessoa a quem o fizeste. E, hoje, quando eu brincava com esse assunto...

"Perigoso?! Nana.. Sou teu amigo. Entre nos..so amiguinhos.. Bale?".
Voltando ao coração de merda...o meu, portanto. Baralhaste-me nos últimos tempos. Não tens culpa nenhuma hã? Eu é que estou surpresa comigo e com esta cabeça filmada.

Foi aqui que fiquei nervosa. Foi exactamente neste momento que percebi. Ups, mas eu não quero ser amiga dele. Não. Eu não quero ser tua amiga. E tu muito delicadamente fizeste-me perceber aqui qualquer coisa que eu não tinha dado por ela!
Oxalá pudesse!
Porque te adoro.

Adoro a tua companhia. Adoro imaginar os sitios onde poderia passar bons momentos contigo.
Conversar até me perder nas horas.
Petiscar e beber um bom vinho.
Abraçar-te com um até amanhã, bons sonhos.
Beijar-te, que ficará para uma outra vida.
Gostei muito dos sítios e dos momentos que já passei contigo. Mas não vou conseguir continuar como se nada fosse. Desculpa mas não conseguia fazê-lo por mim. Desta vez por mim porque de todas as outras não o fiz pelos outros.
Se falares com os tubarões da minha vida (como lhes chamaste delicadamente), a maioria das vezes escrevi-lhes.
Não sei falar bonito. Não me sai nada. Como palavras e delíro no assunto. A boca fica seca e a destenia sobe no estômago.
Contigo não seria diferente, seria pior.
Não és criança nenhuma e sabes o que queres. E eu também já não sou nenhuma miuda de 19 anos nem de 24. Idade a que os tubarões me marcaram no corpo.
Mas tu também vais deixar a tua marca e, impressionar.
Boa, devo dizer-te.
Isso faz me doer.
E já tenho saudades tuas.
Breve breve passa e, vamos surfar um dia!

Isto é só uma escolha para me proteger. E não digas que é imatura. Não é. Imatura foram as asneiradas que já fiz. Desta vez, não quero ressacar de todo. Não quero ressacar de ti. Queria ter outro jeito de me mostrar. Mas isto sou eu. Também não me digas que me estou a precipitar. Não estou e tu sabes que não estou. Possivelmente até já deves ter percebido há mais tempo tudo isto que eu desconhecia cá dentro.
Mas adorei. Ainda adoro. E ainda vou adorar por uns tempos. Só é chato que tenha caído de novo. Não é chato, é irritante. Mas chego lá, One Day.


Mim"

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