Estranha forma de vida

Estranha forma de vida já dizia Amália. Gosto de empacotar, embalar, carregar!
Faz hoje dois anos que me encontrava no segundo dia de choro consecutivo. Havia deixado para trás Lisboa há dois dias rumo a Londres, ou melhor, qualquer coisa como Buckingamshire - High Wycombe e, não propriamente a capital londrina.
Caí literalmente (e não foi de pára-quedas) numa pequena Britolândia, como docemente lhe continuo a chamar.
Hoje, já há um ano em Londres, tudo se tem recomposto devagar.
Determinada, saí atrás de uma pós graduação em Medicina Tropical e, posteriormente, Mestrado em Saúde Pública.
Atrevo-me a dizer que também vim a fugir de tanta coisa. Tanta coisa que se perdeu pelo caminho. Tanto que nestes dois anos me amadureceu. Não acredito que tenham sido só lágrimas! No entanto, continuam a haver noites em que mordo a almofada.
Ao longo deste tempo aprendi que há saudades irreversíveis.
Mas os dois anos que inicialmente pensei ficar já foram. Voaram por assim dizer. Nada feito, mas tudo muito encaminhado. De mal o menos.

Não há mais nada a dizer mas não podia deixar esta semana em branco.
Ainda espero muitas vezes pelo Peter Pan e pela Sininho à janela, na esperança que me levem de volta a casa por momentos.
Principalmente esta semana, não esquecendo que já são quase cinco meses sem ver Mar, que existem festas pelo ar, que será dia 7 de Setembro outra vez.
 E, e, e, e, e, dia 14, onde vou entrar com o meu Pé direito na LSHTM!!
Hajam sorrisos, vontades e conquistas para me alegrar e me trazer expectativas a cada momento.