segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Make Love & perhaps....babies

Mais uma mudança. Caramba, sou enfermeira há quase 6 anos e, este é já o meu 6º novo local de trabalho. Não porque não gostei dos outros. Não porque me tenham mandado embora. Felizmente até posso sentir-me privilegiada dado que sempre me perguntaram o que podiam fazer para me persuadir a não sair. Enfim, podiam pagar-me 60000 ao ano, podiam dar-me um rácio de doentes 1-1, podiam aplicar uma coima a cada médico anormal, podiam pagar-me a ordem, podiam dar emprego aos meus amigos enfermeiros, podiam respeitar mais o doente, podiam, podiam, podiam.... Mas não fizeram. E, eu como sou pior que o meu amigo António, só estou bem onde não estou. Portanto, preparo-me para mais uma entrevista, vou e, passo. Arranjo um novo emprego. Isto com a crise que o meu país atravessa parece anedota ou uma provocação a qualquer dos meus amigos, mas não o é. Em Portugal não teria emprego por esta hora. E, trabalhar longe de casa não é agradável. Mas depois desta conversa toda, com certeza que se estão a perguntar de onde raio saiu o título do post de hoje. Resulta de uma das consultas a que assisti hoje. Sim, mudei de emprego e, se antes ajudava a tirar banhocas indesejáveis e a por mamas do tamanho de sei lá o quê, entre tantas outras cirurgias e de tantas outras especialidades....agora, agora ajudo futuros papás e mamãs a conceber. Muito melhor. Muito mais gratificante. Com histórias delicadas e desafiantes. Uma nova área, apesar de sempre ter trabalhado em cirurgia ginecológica  Perceber realmente como a natureza funciona e de onde aparecemos e em como nos formamos é delirante. Tem sido um dia a dia no mínimo fora de série. Uma enfermagem independente, ainda que obviamente,  relacionada com a equipa médica, um ambiente mais calmo, saudável, alegre para se puder influenciar o estado de espírito de tantos casais que não conseguem simplesmente procriar. Nunca imaginei o difícil que poderia ser e todas as emoções que daí poderiam eclodir... Triste. Mas, com soluções. A tal palavra que sempre me move e anima. E, voltando ao título, este deves-se é da autoria de um dos médicos pois, considera que quando os casais começam a ver que não conseguem ter filhos, deixam de fazer amor. Ficam de tal maneira concentrados que os destabiliza emocionalmente e, consequentemente, deixam de fazer amor tão intensamente. E isto, foi a explicação dada a um casal que depois de quatro sessões de IVF (Fertilização In Vitro) sem efeito, engravidaram passado uns meses de forma natural. My friends go home and make love. 

When people make love, they do not want babies.  When they want babies they forget Love. 



ps- others...no babies neither love.

1 comentário: