segunda-feira, 19 de abril de 2010

Disparates de uma domingueira

Que eu não gosto de domingos, já toda a gente sabe. Não sei, sinto-me vazia ao domingo. Sinto uma distenia na barriga, ando às voltas e, pior nesta terra: fico de pijama enrolada na cama sem querer sair. Fico deprimida. E depois só penso em disparates e coisas que não devo. Oiço músicas que não devia. Sinto saudades de coisas e pessoas que não queria. E não são só saudades de quem deixei para trás e que brevemente vou abraçar mas, daqueles que nunca mais verei, abraçarei, beijarei. Oh deuses, se me pudessem ouvir...



Hoje ninguém me tira as saudades e pronto. Há dias assim, em que elas são mais fortes, profundas e irritantes. Sempre ouvi "não me tragam problemas, tragam me sim soluções!"... e, se eu sei que para isto não há solução, não há remédio, não há antídoto porque é que insisto?
Porque é que vêm e vão como ondas... eu não sei surfar mesmo! Eu não sei cortar estas ondas ao meio... nem me equilíbrio tão pouco...
Estou a comparar com ondas e surf porque me lembro das aulas que tive e, no dia seguinte o meu corpo todo dolorido revelava as quedas na água e os mergulhos. É assim que me sinto, dolorida. Mergulho fundo e de cada vez que venho ao de cima, lá me aguento uns meses mas depois lá vou eu por ali abaixo...
Tem sido assim nestes últimos anos.
As coisas perdem-se mas substituímos de uma maneira ou de outra. A minha mota, roupas que gostava e não sei onde as deixei, aparelho móvel dos dentes foram dois nos tabuleiros da cantina da escola (e se tu mãezinha me ralhavas...! ), telemóveis, cartas, livros, tanta coisa... Substituí tudo.
Mas pessoas? Ninguém substitui ninguém. Somos todos diferentes e únicos e bons em cada maneira de ser!

Não tenho sono.

E quando ando assim à deriva só penso no que queria ter e não tenho. Que coisa mais estúpida!
Ontem à noite lá troquei umas palavras com um inglês, simpático por sinal. Esta coisa de falar em inglês, como diziam os Clã fica mesmo bem, por momentos parece que estou numa cena de cinema. Mas depois, raciocino, não me deixando levar e dou por mim seca, amarga, cheia de feridas. E o pior, com a estranha sensação de que ninguém tem culpa nem o dever de as curar!
Fiquei por ali, pela conversa e pelo nome. Nada de telefones, emails. Dei por mim a rir-me da minha figura e do pormenor de ele ter o nome de um cão que já tive. Oh valha-me deus! Enfim, teve a sua piada! Mas mantive-a só para mim, claro.
Não estou virada para isto. Uma pessoa habitua-se a viver para nós próprias que nos fechamos de mais e nem vontade tive de andar para a frente. Andei para casa mesmo!
A cabeça dá voltas e volta a casa, à minha casa e ao que me rodeia em Portugal. E ao passado. Penso demais. Ontem disseram-me que "vivo no passado". Já mo disseram muitas vezes, mas ontem teve um peso diferente. E é tão verdade, fez tanto sentido ouvi-lo ontem. Às vezes demoramos a dar o clic. Mas está dado e estar a viver aqui tem me feito bem nesse sentido.



Adoro este vídeo, adoro a voz desta mulher!!! E esta canção pode ser para ti, para quem eu gostava de conhecer melhor! :p

Mas falemos de coisas bem melhores. Finalmente encontrei uma fotografia de outro grande sonho meu, deixemo-nos dos disparates da realidade e passemos aos sonhos!


É uma tal e qual assim que vou comprar quando regressar de vez a Portugal! Sempre adorei esta carrinha nesta cor! Aqui dentro vou ser feliz*

Por hoje, os meus pensamentos de domingueira deprimida e sozinha vagabunda na própria casa ficam por aqui.
Tenho dito!

ps- Hoje o post está a verde porque é a cor da esperança!


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