Voltei há dois dias. De cada vez que volto parece que custa mais. Mesmo sabendo que serão apenas dois ou três aninhos pelas minhas contas e, que um já lá vai... dói. Mesmo sabendo que isto foi só para meu bem pessoal e profissional... continua a doer.
Desta vez, foi ainda melhor.
Assim que cheguei à Portela a Avó e o Pai lá estavam prontinhos à minha espera. Abraços e beijinhos. Passei os dois dias seguintes num congresso com a G. e a prima Z. Acabei a Tarde com minis e pôr do sol... com a mais bela das vistas. Aquela vista que tanto ansiava.
Durante a semana, perdida entre consultas e visitas a antigos colegas. Visitas também a família com almoços e jantares. Desde idas à pesca com a avó de 83 anos (onde um polvinho foi pescado por mim!) até estadias com amigas de longa data por horas perdidas entre choradeira e confidencias!
Acabei a semana com a festa de anos da minha mana. Por fim, um último domingo solarento e quente angustiada por deixar de ver quem não queria deixar. Quem gostaria de ver e ter por perto.
Na segunda, debaixo de um sol abrasador lá entrei no avião cheia de lágrimas... ver a portela ao longe e de cima seguindo a direcção do oeste não presta... prefiro chegar direitinha a cascais e dar aquela voltinha por cima da caparica e virar no Cristo Rei, entrando direitinha na minha linda cidade de manjericos, mourarias e alfamas!
Escolho sempre viver umas temporadas fora de casa com o objectivo de preparar aquele futuro que tanto quero. Tenho objectivos bem definidos no campo profissional e acho que esse é o alento. Porque de resto, não presto e, não me recomendo. Odeio dizer adeus. Odeio. Dói demais.
O mais estranho, é que nos dias seguintes me sinto super, mega, extremamente vazia por dentro. Sem fome, sem energia....perdida.
Por incrível que pareça, mesmo sentindo-me assim, hoje recebi montanhas de elogios no trabalho. Doentes que foram operados há uns meses e que vieram à consulta externa indo de propósito ao serviço só para saber se eu lá estava e me darem um beijo (sim porque eu despeço-me sempre com beijinhos, o que não é normal aqui - nem à chegada quando se conhecem pessoas nem tão pouco na despedida). Muito queridos os meus doentes. E, como as pessoas não são muito quentes no que toca a relações, todos se lembram de mim porque sou exactamente o oposto. Apesar de tímida, acabo por falar pelos cotovelos, beijinhos e abraços na despedida e votos de grandes e boas melhoras. Eles adoram!! Este talvez seja também um bom alento.
Hoje entreguei alguns "recuerdos" de Portugal e, trouxe vários livros do Posto de Turismo para mostrar imagens do belo do Oeste. Adorava que vissem a cara deles... ah pois não!! Um médico até me perguntou o que estava aqui a fazer, ao qual eu respondi que às vezes também não sei... ele ainda acrescentou "agora entendo porque estás sempre triste nas semanas quando regressas... pois! Porque será??
"Quem ama tem medo de perder..."
ps- Hoje fico por aqui, mas secalhar deveria mudar o título do blog. Em vez de falar da realidade e dos sonhos que tenho, deveria chamar-lhe Muro das Lamentações... sorry!
...prometo que amanha sou toda tua!
ResponderEliminar:)
love you
andas cheia de namoro, não queres saber de mim... e eu que até trouxe queijinho e uma prenda como pediste.... lol
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