terça-feira, 8 de junho de 2010

Heartbreak


Às vezes mais valia deixar o amor fora de tudo. Para lá, para lá da próxima esquina, bem ao fundo do outro quarteirão, lá longe onde o sol se põe, no quinto dos infernos!
Com os anos lá se vai fazendo por entender o porquê das coisas, onde se errou, o que se perdeu, o que não se arriscou e porque não se viveu. E que mais se pode fazer?
Há pessoas que valha me Deus, não se compreendem. Invadem assim o nosso espaço sem pedir licença e, como se nada fosse, ainda enchem o peito para nos contarem os últimos romances ou envolvimentos. Haja paciência.
Isto tudo a propósito de situações que vou vivendo através de outros mas, que de uma maneira ou de outra me revoltam também por dentro. Umas vezes porque me revejo nelas, outras apenas porque se trata de pessoas que estimo e prezo e não admito que lhes façam mal assim. Devagarinho, sem pedir.
Ah e tal "...porque estou confuso e não sei o que quero"... "mas não te quero perder" (pois não!... Para cozinhar em banho maria compra margarina e põe ao lume!)
Ou outra assim... "És a mulher certa na altura errada...". Esta é talvez das melhores. Já ouvi, directamente. E doeu.... ai.
Engraçado que já fui a mulher certa algumas vezes, mas que pontaria a minha, sempre na altura errada!
E depois o que acontece??
Ficamos aqui, firmes (mais ou menos... porque a carência leva-nos ao chocolate...), confiantes, à espera, naquela de que haverá alguém por aí. E eles lá... aqueles filhos das mãezinhas deles,  com todo o respeito, vão ficando com umas e outras, e volta e meia, voltam.
Voltam inteirinhos e com tudo!
Como se o mundo acabasse amanhã. Deprimidos, vítimas daquela conversa do "já vinhas ter comigo, tenho saudades tuas." e, hoje em dia a net e os sms ajudam imenso, nem precisam de dar a cara.
Cobardes.
Depois é dar-lhes asas para voarem outra vez. Parecem-me andorinhas, voltam nas estações que lhes dá mais jeito.
E depois quando nos apaixonamos outra vez?
Assalta-nos aquele receio de passar por tudo outra vez, de que talvez nem merecemos o momento ou, então escolhemos o complicado. Aliás, somos muito perspicazes nesse sentido. Atraímos mesmo.
Ou, nunca nos damos de verdade, porque a nova estação está perto e ele pode voltar para construir o ninho.
Vivemos na sombra de um amor impossível e magoado. E, na maioria das vezes durante anos.
Nem um sinal, nem recados, nem beijinhos. Quando olhamos bem, estão casados, pais de filhos e exactamente na mesma. Fora disso. E já!

2 comentários:

  1. Minha Linda.. Tens toda a razão no escreves e no que dizes, nem tenho palavras para dizer o quer que seja em relação a isso.. As vezes se pudesse desaparecia daqui e só volta passado muitos e muitos anos, mas também sei que fugir da realidade não nos leva a lado nenhum, por isso a que levantar a cabeça e seguir em frente :)
    Beijos grandes desta tua amiga M :)

    ResponderEliminar
  2. Oh linda como entendo e sinto bem as tuas palavras, principalmente neste momento da minha vida... como doi profundamente ouvirmos que somos a tal, mas não agora, tipo daqui a uns 3 anos não haveria a menor dúvida (hipocrita!!!)... e nós cá ficamos, a viver a dor que não é ou não devia ser nossa, mas que adopatamos e muitas vezes protegemos com todas as forças... beijo grande !!!
    mas sabes que mais??? tal como diz uma amiga minha "eu sou mais eu!!!!" e o que não nos mata, fortalece-nos!!!! quanto mais não seja, somos muheres do oeste!!!!!!! :) (Paula E.)

    ResponderEliminar