sexta-feira, 23 de julho de 2010

Avenidas

Hoje faço minhas as palavras de Barbara Paz porque me identifiquei muito com o discurso. Quando penso em mim e nos meus sentimentos, sei que sou daquelas pessoas que quando está triste, de cabeça quebrada, de peito apertado e de garganta seca, se afunda. Sou daquelas que me deixo ficar, caída e perdida. Choro e não me envergonho disso. Tenho a louca capacidade de chorar horas a fio e, sei que depois disso a alma está limpa, lavada, fresca de novo. Posso ter noites perdidas e madrugadas pouco reais mas, logo passa. Por outro lado, quando estou feliz, minha mãe, ninguém me segura. Sorrio até sentir os musculos da face a palpitar, tenho paragens de digestão (ridículo mas já me aconteceu pelo menos duas vezes de tanto rir), sinto aquela distenia na barriga, aquela vontade de fugir e correr para ir contar ao mundo.
O meu blog é um espelho disso.
Hoje, estou feliz. Larguei-me no mundo, deixei-me levar e, não é nada fácil, não tem sido pêra doce mas, quando se aproxima a viagem, quando a contagem volta a ser decrescente, podem crer que sou uma mulher feliz. Mas sou feliz por estar aqui também. Feliz quando percorro uma avenida sozinha onde as pessoas se atropelam e, me sinto acabada de sair de um filme de tv. Feliz quando me imagino há dois anos a conversar com alguém e, dizer que jamais viveria em grandes cidades e, hoje aqui estou.
A vida tem destas coisas engraçadas. E muda-nos e nós mudamos com ela.
Penso muitas vezes porque estou sozinha, não no verdadeiro sentido da palavra porque tenho uma família muito querida e amigos que prezo mas, sozinha no que toca a relacionamentos. E, depois até agradeço por ser livre neste sentido.

Sem compromissos percorro avenidas.

Às vezes o que escrevo não faz sentido mas,  o meu pensamento está faminto de escrita e tudo me ocorre ao mesmo tempo, todos os assuntos, temas, experiências. Apetece-me misturar e baralhar para contar.
Já vi que neste momento me fico por aqui. Quando nada parece fazer sentido o melhor é terminar a sessão e postar qualquer coisa mais útil e bonitinha amanhã.


ps- Comprei os sapatos. Mereci tanto mas tanto! Não resisti. E agora, nada de tentar comprar igual, era o único par na loja e, se vos apanho no site a encomendar nem sei o que vos faço! Suas vaidosas incorrigíveis!

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