domingo, 25 de julho de 2010

Brinquedos

Esta semana fui ao cinema ver uma comédia romântica, daquelas mesmo à Maria. Claro que me fez espécie aqueles casalinhos do enjoo mas também me ri a ver aquelas amigas juntas a falar das frustações dos relacionamentos.
Eu?
Eu fui sozinha com o meu qb de pipocas! Bem agarradinha a ele lá fui contente assistir ao filme.
Esta tarde fui com a Gi assistir ao novo do Toy Story 3. Sem comentários. Ri muito e ainda me correu uma lágrima no olho. O filme está divinal e fez-me sentir o quanto tenho saudades de brincar. Ao mesmo tempo, cá entre os meus botões, fartei-me de rir pelo que já brinquei e usufrui de tudo o que sempre tive.
As minhas festas de anos e as da mana sempre foram bem conhecidas pelo sótão. Naquela altura era o paraíso tanto para nós como para todas as amiguinhas. Foram horas perdidas de tantas brincadeiras no meio das barbies, das casas de bonecas, dos bebés chorões, do restaurante, da farmácia, da loja de roupa etc etc etc. Imaginação nunca nos faltou!


Em cada Natal ou festa de anos era um delírio assim que o pai ou a mãe indicavam a prenda "Grande". Gritos, choros, abraços, pulos, tudo nos valia! Recordo com saudade o ano que recebi o Baby Born. Foi o primeiro ano em que apareceu um boneco que podia fazer xixi ou cocó. Bastava dar-lhe uma papinha, colocar a fralda e tlim! Foi uma risada. Claro que hoje em dia há tudo para este boneco mas na altura a mãe teve de comprar fraldas de prematuros, o que dava ainda mais a certeza de que era real, na minha imaginação! Muitas noites o embalei, abracei. Muitas tardes o passeei e alimentei. Chamava-o Francisco quando queria um menino e Joana quando queria menina. Coisas de miúdas!
Mas também havia o Careca da mana ou o preferido dela que muitas vezes fez de menino Jesus. Fora todos aqueles que lhe parti e o pai prometeu levar ao Hospital dos Bonecos em Lisboa. Coisas de irmãs mais novas. Perdoa-me mana.
Mas o que realmente me fez rir e, vou confessar aqui para todos, foi a lembrança de que há uns anos, tipo cinco, quando empacotavamos tudo no sotão ( apesar de não brincarmos, nunca tinhamos tido a coragem de nos desfazer das coisas), depois de recordarmos e nos despedirmos da infância definitivamente, deu-nos uma vontade enorme de brincar. Foi lego e barbies, tudo à mistura. Que alegria as duas trancadas em casa, no chão da sala, deliciadas a brincar. Passado uma hora e tal tocaram à campainha, foi um riso total a tentar ver quem seria e, se seria necessário arrumar tudo de vez. Mas era a Tia, que ao entrar incrédula na sala nos perguntou se estavamos doentes??!!! aahhahahahaha
Depois dessa tarde, arrumámos para sempre.
Um dia, os filhos trarão de novo essa alegria. Mas brincámos muito e somos mentalmente saudáveis por tudo isso. Por tudo o que os nossos pais nos permitiram e proporcionaram.
Uma infância fantástica e unida.

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