sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

De coração nas mãos.


Aqui em Londres consigo observar as quatro estações tal e qual como aprendi na escola primária. Em Maio os jardins estão verdinhos e o tempo ameno. Por volta de Agosto a temperatura não soube muito mas uma camisa curta pode-se usar. Outubro ficar tudo vermelho e acastanhado no cair da folha e, em Dezembro, vésperas do Natal, tudo se torna branquinho.
Melhor que isto?
Uma lareira, um cobertor e um bom Cartuxa num copinho de pé alto.
(Só nos finais do mês no Oeste...)
Fico composta para vos contar sobre o que queria e ainda não tinha arranjado cinco minutos para me sentar e escrever.
Os meus queridos segundos pais aqui estiveram durante o fim de semana. Não existem palavras para descrever o tempo que aqui passámos pelas ruas londrinas.
Desde falarem em inglês a cada esquina, de se perderem nas compras e virem para casa cheio de sacos e pacotes, desde visitas a museus e jantares no centro. Tudo foi pensado e planeado ao pormenor e com muito amor. Nem os seus 83 anos os impediram!
Quando tiver a idade deles ta´mbém quero ir visitar os meus netos sabe lá Deus onde! 
Aquando a despedida... o coração ficou nas mãos.
Invadiu-me a estranha sensação de que possivelmente não voltam. Não gostei. Segunda feira deixei Heathrow com as lágrimas a caírem e as emoções ao rubro num misto de alegria e profundo abandono. Regressei a casa vazia sem eles.
Tudo o que é bom dura exactamente o tempo necessário para se tornar inesquecível.
E foi.

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