quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Não existe café Nicola

Já passei Natais longe de casa. Já.E fez dói dói. fez. Já passei o 7 de Setembro longe de casa. Já. E fez dói dói. Fez. Jurei que nunca mais abdicava do Natal. Cumpri. Jurei que nunca mais abdicava do 7 de Setembro. Jurei. Mas não cumpri.
Por mais contente que os últimos dias e as últimas notícias me tenham trazido alento e contentamento, hoje a mente está nua. O coração arrefecido e o corpo dermente.
O dia 7 de Setembro é o dia da minha Família. Era um dos dias preferidos da minha Mãe e faço questão de o respeitar por isso mesmo. Faço questão de me encher de memórias de cada ano que o passámos e, é por isso que se tornou num dia mágico. Não triste, mas sim saudoso. Porque o queria de novo como dantes.

Cada Sete de Setembro a azafama começa com foguetes. Toda a aldeia se prepara para o Sírio e o pic nic no Senhor Jesus do Bombarral. Um Santuário que espera toda a gente em festa.
Durante anos tomei consciência da fé que tanta gente ali traz, ali deposita, ali agradece, ali pede, ali perdoa, ali rejuvenesce, ali recorda, ali alimenta, ali partilha. Todos sorriem e o dia é de festa. Continua a ser e estará a ser com certeza neste momento.
Este ano não estou e, o coração fica dormente. A família sente o vazio e o meu espaço na mesa por preencher, as minhas rajadas de humor gostoso e as gargalhadas cúmplices dos olhares.
Ali somos todos da mesma fé.
É um dia sempre fantástico.

ps- Já fazia as malas. Um dia apareço de surpresa. Hoje não é o dia, não existe Café Nicola :P

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