Que o medo não deixa mover eu já sei. Mas cá me parece que sou descendente de uma família de caranguejos ou de tartarugas. Ou ando devagar demais ou ando para trás.
Se há uma coisa que não gosto é do passado. Não gosto dele e depois sou a saudosista mais irrequieta que conheço.
Se há uma coisa que gosto é do futuro e depois sou a sonhadora mais apressada que conheço.
Teimo em não acreditar. Teimo em não colocar os pés no chão e acreditar que até podia ser suficiente para alguém.
Hoje disseram me que não posso ter tudo na vida. Pode ser. Mas não quero ouvir o coração dos outros. Preciso de escutar. De escutar o meu. De escutar esta coisa que me bombeia de uma forma para lá de atrapalhada e atrofiada.
E que venha a magia quando eu não puder falar.