segunda-feira, 26 de maio de 2014

Magic

Quando a única certeza que se conhece ou o que se toma como certo é que não nos querem, que não gostam de nós, que não se querem preocupar connosco, que não nos querem nas suas vidas, tudo é tido como um fracasso, uma perda, uma insegurança.
Converter toda essa experiência em algo positivo e bom, exige de nós enquanto pessoa, exige de mim enquanto eu, a Maria.
A Maria que sempre deixou de estar onde queria em prol dos outros. A Maria que sempre viveu em função de fazer os outros felizes. A Maria que sempre se desdobrou para lá estar, lá estar inteira. Sem nada em troca. A Maria que sempre deu.
E, de repente. Alterar isso é estranho. Colocar-me a mim em primeiro lugar é estranho. Fazer o que tenho vontade sem pensar. Sem planos. 
E, de repente. Alguém me deu a mim. E, de repente fui eu que recebi. 
E, dar e receber em simultâneo é o que faz sentido.
        

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