No dia em que as barbies foram arrumadas numa caixa, contaram-me uma estória para "me embalar".
Que no fim de contas, eu tinha "agora a sorte de ter uma estrela no céu a olhar por mim".
Na vida é assim, vamos seguindo cheias de ilusões palpitantes na cabeça. Ideias que ocupam o espaço daquilo que não pode ser reocupado.
Não é mais fácil mas sim mais simples para aceitar e seguir.
E foi assim ao longo destes 16 anos.
De cada vez que me ía um pouquinho abaixo, olhava para o céu e pedia, pedia, pedia...
"Não me abandones".
Sentia-me um Simba a olhar naquela noite estrelada, e, muitas vezes revoltada também eu gritava "disseram me que estarias sempre aí para me ajudar".
Mas as estrelas não nos protegem dos trambolhões do percurso.
Cálculo eu, que iluminem.
Foi difícil aceitar que não era fição.
Foi difícil acreditar que a ausência era a realidade.
Pois fiz questão de saber onde está.
E registei o nome no céu.
Num local escolhido por mim.
Não posso mudar o que foi dito ou o que aconteceu. Mas posso fazer por manter uma luz que me ilumine os trambolhões.
Como disse a Carminho, peço a Deus que me conserve a memória. Chamem-me nostálgica ou saudosista mas a verdade, a verdade é que assim guardo o melhor de nós no coração.
Aqui está a prova em certificado. O mapa é grande demais para o upload.