sábado, 29 de junho de 2013

Vou continuar a ser estúpida mas comigo.


                        

                      


Vestido preto. O primeiro vestido preto, sem alças e curto. Justo em todo ele. Uma meia preta opaca. Um salto alto. Um cabelo solto. Sem óculos e com uns brincos grandes e brilhantes. Poucos me reconheceram sem estar com o uniforme roxo habitual. E lá cheguei eu à festa da clinica, à festa de despedida de uma das colegas de quem teremos imensas saudades.
Uma noite para a confiança, uma noite para subir o astral e finalmente conquistar aquela estima, não a auto, a total. A estima de tudo. O "Maria estás linda." "O Maria tens um coração tão bondoso."  "O Maria precisamos de te arranjar um marido" "O Maria vais à próxima festa que dermos lá em casa, não vou dizer nada ao meu marido, mas vou convidar todos os solteiros."  "O Maria não podes continuar sozinha." "O Maria uma pessoa como tu não pode estar sozinha." "O Maria esse amor todo aí dentro tem de ser para alguém."
Mas estou. 
Já não sei se vou ser estúpida com alguém. Tenho andado demasiado ocupada a ser estúpida com a vida, ou a vida a ser estúpida comigo. Mas começo a acreditar que sim, que sou isto tudo. Que sou completa de toda esta generosidade, beleza, genuinidade, amor. E não passo a ser vaidosa por isso. Nuca serei perfeita mas pelo menos " it is a Brand new time for me".

domingo, 23 de junho de 2013

Insólito à Maria Oliveira

Pois que ontem estava dentro de uma livraria.
Pois que estava tão mas tão envolvida na secção de livros de receitas, quase que mergulhada por completo que, não ouvi o empregado dizer que iam fechar dentro de 2 minutos.
Pois que nem me apercebi que a G, a G e o V já nem estavam na livraria.
Qual não é o espanto que, o empregado muito delicadamente me vem avisar que a loja já estava mesmo fechada e que eu tinha mesmo de me retirar.
Atrapalhada por demais, corada por demais, lá me desfiz em mil e uma desculpas.
A equipa toda rio descaradamente muito de mim. E eu idem.
Desci as escadas e um outro empregado destrancou e abriu a porta. 
Cá fora tinha os meus três amigos à espera e a rir como é óbvio. 
Rimos todos porque rir foi realmente o melhor remédio!

Ó nossa!

Mas vá, confessem lá que me estão a imaginar! há muito não fazia das minhas!

Tenho dito!

My new me, new beginning :)



domingo, 9 de junho de 2013

Sou um caso perdido.





Antes não me queriam. Antes não me quiseram. Antes não me escolheram. Agora querem me. Escolhem me. Mas eu não sinto. Eu concluí agora sou eu que não quero. Mas, quem vai passar a escolher sou eu!

Que caso perdido.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Prazer em conhecer-te.

Por diversas vezes, em diversas fases da minha vida, procurei coragem para regressar aos sítios onde me considerei feliz com a minha Mãe. "Considerei" no pretérito perfeito, exactamente porque infelizmente só o consideramos quando o momento já lá vai. E, eu sou especialista nisso.
Há alguns anos que tinha vontade de iniciar esta viagem por lugares onde os cheiros, as pessoas, as cores, os sabores me poderiam trazê-la mais perto. 
A semana passada iniciei essa tal viagem com toda a coragem que essa decisão acarretou. Um medo e uma ansiedade dissipada em saudades de alguém que não conheci de verdade por ser demasiado pequenita.
Regressar a Paris pareceu-me demasiado duro ainda. Sesimbra então, nem se fala! Itália encaixou na perfeição para o primeiro reencontro com o tempo, com espaços, lugares e cheiros.
Escutar amigos da família e família que não via há mais de 15 anos soltou um furacão dentro de mim. Um choro que me purificou e aliviou de uma forma que nunca imaginei. 
Um orgulho bruto por uma mulher adulta que não conheci e que me deram a conhecer devagarinho. Escutar elogios e estórias sobre uma mulher tão importante na vida dos outros, fez me lamentar ainda mais esta impossibilidade de a ter presente no meu dia-a-dia. 

Mas cada vez mais, sem dor e muito mais amor.