quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Love ?! And other stuff.


                                               
                                      

Isto quando se juntam muitas mulheres a falar de homens vai sempre parar aquela velho clube do diz assim e faz assado.
Cansa-me esta coisa do planeado, do muito pensado, do tudo certinho com segundas intenções ou para provocar mais respostas e atenções. Ó é porque se dizes X ele tem medo, ou porque se dizes Y ele vai fugir a sete pés.....etc. Azar o dele. Mais um que não era para ser. Acho que a maioria das mulheres prefere fingir para ter do que acreditar que NÃO ERA PARA SER. Não aceitam o facto de serem SÓ elas.
Haja paciência minhas senhoras. Sejam verdadeiras.
Causam-me nervos. Porque não dizer o que nos apetece e quando nos apetece e PORQUE nos apetece. Se a outra figura do sexo oposto não gostar. Tenho imensa pena. Procure outra diversão. 
Eu cá a mim, era tudo para ontem. Quando digo, vou muitas das vezes a "correr desenfreada" a tentar retirar o que disse. Mas já disse. Depois quebro-me em pedaços. Machuco o meu coração atrofiado. Azar. Colo e volta a funcionar,
Sempre segui o conselho do professor de História: não existe um SE numa boa e verdadeira história. SE SE SE.... Nada disso! É fazer! É acontecer! É dizer!

Das vezes em que fui 100% eu, também perdi quem tentava conquistar. Mas, tenho melhor memória e sinto-me mais orgulhosa dessas falhas do que quando me disfarcei por dentro. Tudo foi mais doloroso e agridoce. Aprendi a lição. E há quem diga que um dia alguém poderá agradecer o facto de nunca nos terem querido ter. Estou cá para assistir a isso de camarote. 

                            

Por hoje chega de romantismos e parvoíces.

domingo, 17 de novembro de 2013

Vou continuar a cansá-los para que nunca te esqueçam.

Por várias vezes, a nossa capacidade de recordar dá azes de sua graça de quando em quando. Se me perguntarem o que fiz ontem há um ano, dois, três ou mais, não vou conseguir recordar. O mesmo se aplica ao dia de hoje ou o de amanhã.
Mas, no ano de 1998, a história é lembrada. Tudo passa como numa fita de um filme. O que fiz no dia 17, no dia 18, e, nos dias que se seguiram. Uma data que tem o peso que eu lhe quiser dar ou estiver disposta a. Já passaram anos em que nada senti, uns outros em que só abraçando a minha irmã pude compreender que há alguém que sente como eu.
Mas, desde há uns anos que a data não é capaz de me fintar e passar despercebida. Penso que na adolescência foi passando assim mais ou menos com umas gotas de álcool e festas mas, agora em adulta, o dia é longo. Muitas vezes como tantos outros que não têm lugar cativo no calendário anual.

Sinto-me como na imagem abaixo.
Uma adulta infantil. 
Uma criança madura.
Um ponto de rebuçado cozinhado em banho Maria.

Uma mistura de dois mundos vividos e baralhados.

Uma revolta misturada por lamento e remorso.

Adiei dois dias aquela maldita visita ao IPO. Tudo por um simples teste de inglês que foi adiado de Segunda para Terça e de Terça para Quarta.

Quarta, dia 18 de Novembro de 1998.

Incrível como a minha Mãe ía desaparecer para todo o sempre e eu não fui a Lisboa no dia 17 por um teste de inglês? Um teste que tirei Excelente, como todos até ao 9ano. Ser aluna de 5 a tudo era a minha especialidade e principal prioridade. Que melhor pessoa isso me tornou! Sim senhora Maria. Um orgulho irónico brota deste peito revoltado a cada passo dado naquelas efémeras horas da vida da minha Mãe.

Aquela Mãe. Que todos teimam em falar de uma forma tão calorosa e respeitada. Uma senhora. Uma verdadeira Senhora. Uma mulher que todos tendem a lembrar com um carinho e amor inexplicável.

Às quatro e um quarto saí do cabeleireiro. Fui esticar o cabelo e, ao chegar a casa fui olhar-me ao espelho. Pronta para esperar pelo pai e ir para Lisboa ver a mamã que, se tudo corresse bem, viria para casa connosco.
Ao sair da minha wc, o pai cai de joelhos à entrada do meu quarto. Ainda hoje, depois de 15 anos, o meu choro fica preso e as minhas mãos param esta escrita para as levar à testa e me segurar.

Não preciso de entrar em pormenores.

Levaram-me dali e só voltei no dia seguinte para uma igreja sobrelotada de gente vinda de tantos lados em que mais de metade eu nem fazia ideia de onde e porque a conheciam.

E pronto. Já são 15 anos a cair e a levantar como tantas pessoas por tantas outras razões.
Eu não sou diferente mas, sou especial. 

Especial porque sou filha da Maria do Rosário.

                    





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Posso.

Quer queiramos ou não, andamos todos à deriva por uns anos até encontrarmos um beiral onde construir o ninho. Não me venham com conversas de finais felizes. O final nunca saberemos mas o início, esse, todos nós o procuramos sofregamente. E, quem diz que não. Mente.
Ninguém tem prazer algum em estar sozinho/a. Estamos sim, mas por circunstâncias. Estamos sozinhos porque situações passadas nos inibiram de apostar de novo. E, é uma pena quando não investem em nós ou quando não se apercebem que se não insistirem, nós, sozinhas, não teremos essa capacidade e, uma boa mulher ou um bom homem vai ficar por descobrir. Uma potencial relação vai ficar por ser vivida.

"Como é que uma pessoa como tu pode estar sozinha". Posso
E não me ataquem mais com esta afirmação. A sério, há pessoas que não imaginam o poder negativo das palavras que proferem. Que desbobinam sem sequer pedir licença. Acham talvez que não batalhei já vezes sem conta contra mim mesma, sobre a mesma questão.

A resposta é simples. Posso. Mas não sei porquê

No entanto, a próxima pessoa a deixar fugir entre os seus dentes este estapafúrdio, vai ter uma outra resposta. Posso. E, quando souber porquê, defendo uma tese.