sexta-feira, 30 de julho de 2010

Treta.




Esta música é super triste, devo admitir. Não a ouvia há anos. Anos mesmo. Depressa me lembrei dela porque costumava ouvi-la quando queria chorar e não consiga e, precisava. Sempre a ouvi como drenante da dor. Nunca descobri uma suficientemente boa para purificante.
Hoje, ao chegar a casa e recebo a notícia de que António Feio faleceu ontem num hospital de Lisboa, fiquei sem reacção, melancólica, estranha. As figuras públicas fazem realmente um pouco parte de nós. Especialmente aquelas que nos devolvem gargalhadas e boa disposição porque nos falta tanto na vida, porque me faltou tanto na minha. António Feio foi um elixir de felicidade.
O cancro é uma guerra da treta, não importa se leva anos ou apenas meses.

" Só queria ficar cá mais um bocadinho...".

Ficas, de outra forma, mas ficas.
Até sempre Toni.

quarta-feira, 28 de julho de 2010


podia ser.

domingo, 25 de julho de 2010

Silent Disco London

Isto só nesta Terra.
Ontem no Barbican Centre, depois do concerto de Mayra Andrade, assisti perdida de riso a esta festa. Portanto, passo a explicar:





No meio do hall, num edifício que só me fez pensar que estava em Lisboa no Centro Gulbenkian (portanto já podem ver o tipo de centro), estava esta malta toda a curtir com phones nos ouvidos. Não vos consigo descrever o que vi. É surreal não ouvir nada e ver as pessoas e o dj a dançar, aos pulos, e, de vez enquando a cantar o refrão da música mas sem a parte musical.
Foi hilariante e só mesmo aqui.
Acho que seria a discoteca perfeita para a geração do meu pai. :p

Brinquedos

Esta semana fui ao cinema ver uma comédia romântica, daquelas mesmo à Maria. Claro que me fez espécie aqueles casalinhos do enjoo mas também me ri a ver aquelas amigas juntas a falar das frustações dos relacionamentos.
Eu?
Eu fui sozinha com o meu qb de pipocas! Bem agarradinha a ele lá fui contente assistir ao filme.
Esta tarde fui com a Gi assistir ao novo do Toy Story 3. Sem comentários. Ri muito e ainda me correu uma lágrima no olho. O filme está divinal e fez-me sentir o quanto tenho saudades de brincar. Ao mesmo tempo, cá entre os meus botões, fartei-me de rir pelo que já brinquei e usufrui de tudo o que sempre tive.
As minhas festas de anos e as da mana sempre foram bem conhecidas pelo sótão. Naquela altura era o paraíso tanto para nós como para todas as amiguinhas. Foram horas perdidas de tantas brincadeiras no meio das barbies, das casas de bonecas, dos bebés chorões, do restaurante, da farmácia, da loja de roupa etc etc etc. Imaginação nunca nos faltou!


Em cada Natal ou festa de anos era um delírio assim que o pai ou a mãe indicavam a prenda "Grande". Gritos, choros, abraços, pulos, tudo nos valia! Recordo com saudade o ano que recebi o Baby Born. Foi o primeiro ano em que apareceu um boneco que podia fazer xixi ou cocó. Bastava dar-lhe uma papinha, colocar a fralda e tlim! Foi uma risada. Claro que hoje em dia há tudo para este boneco mas na altura a mãe teve de comprar fraldas de prematuros, o que dava ainda mais a certeza de que era real, na minha imaginação! Muitas noites o embalei, abracei. Muitas tardes o passeei e alimentei. Chamava-o Francisco quando queria um menino e Joana quando queria menina. Coisas de miúdas!
Mas também havia o Careca da mana ou o preferido dela que muitas vezes fez de menino Jesus. Fora todos aqueles que lhe parti e o pai prometeu levar ao Hospital dos Bonecos em Lisboa. Coisas de irmãs mais novas. Perdoa-me mana.
Mas o que realmente me fez rir e, vou confessar aqui para todos, foi a lembrança de que há uns anos, tipo cinco, quando empacotavamos tudo no sotão ( apesar de não brincarmos, nunca tinhamos tido a coragem de nos desfazer das coisas), depois de recordarmos e nos despedirmos da infância definitivamente, deu-nos uma vontade enorme de brincar. Foi lego e barbies, tudo à mistura. Que alegria as duas trancadas em casa, no chão da sala, deliciadas a brincar. Passado uma hora e tal tocaram à campainha, foi um riso total a tentar ver quem seria e, se seria necessário arrumar tudo de vez. Mas era a Tia, que ao entrar incrédula na sala nos perguntou se estavamos doentes??!!! aahhahahahaha
Depois dessa tarde, arrumámos para sempre.
Um dia, os filhos trarão de novo essa alegria. Mas brincámos muito e somos mentalmente saudáveis por tudo isso. Por tudo o que os nossos pais nos permitiram e proporcionaram.
Uma infância fantástica e unida.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Avenidas

Hoje faço minhas as palavras de Barbara Paz porque me identifiquei muito com o discurso. Quando penso em mim e nos meus sentimentos, sei que sou daquelas pessoas que quando está triste, de cabeça quebrada, de peito apertado e de garganta seca, se afunda. Sou daquelas que me deixo ficar, caída e perdida. Choro e não me envergonho disso. Tenho a louca capacidade de chorar horas a fio e, sei que depois disso a alma está limpa, lavada, fresca de novo. Posso ter noites perdidas e madrugadas pouco reais mas, logo passa. Por outro lado, quando estou feliz, minha mãe, ninguém me segura. Sorrio até sentir os musculos da face a palpitar, tenho paragens de digestão (ridículo mas já me aconteceu pelo menos duas vezes de tanto rir), sinto aquela distenia na barriga, aquela vontade de fugir e correr para ir contar ao mundo.
O meu blog é um espelho disso.
Hoje, estou feliz. Larguei-me no mundo, deixei-me levar e, não é nada fácil, não tem sido pêra doce mas, quando se aproxima a viagem, quando a contagem volta a ser decrescente, podem crer que sou uma mulher feliz. Mas sou feliz por estar aqui também. Feliz quando percorro uma avenida sozinha onde as pessoas se atropelam e, me sinto acabada de sair de um filme de tv. Feliz quando me imagino há dois anos a conversar com alguém e, dizer que jamais viveria em grandes cidades e, hoje aqui estou.
A vida tem destas coisas engraçadas. E muda-nos e nós mudamos com ela.
Penso muitas vezes porque estou sozinha, não no verdadeiro sentido da palavra porque tenho uma família muito querida e amigos que prezo mas, sozinha no que toca a relacionamentos. E, depois até agradeço por ser livre neste sentido.

Sem compromissos percorro avenidas.

Às vezes o que escrevo não faz sentido mas,  o meu pensamento está faminto de escrita e tudo me ocorre ao mesmo tempo, todos os assuntos, temas, experiências. Apetece-me misturar e baralhar para contar.
Já vi que neste momento me fico por aqui. Quando nada parece fazer sentido o melhor é terminar a sessão e postar qualquer coisa mais útil e bonitinha amanhã.


ps- Comprei os sapatos. Mereci tanto mas tanto! Não resisti. E agora, nada de tentar comprar igual, era o único par na loja e, se vos apanho no site a encomendar nem sei o que vos faço! Suas vaidosas incorrigíveis!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mês


Hoje estou bem mais calma, cansada e ainda desanimada, mas serena. Apetecia-me dançar. Tomarem-me nos braços e levarem-me.
Hoje começa a contagem decrescente para ir para o meu refúgio, o meu porto que é seguro. Fixo, permanente, residente.
Quando lá estou não me vejo, quando não estou, não me encontro.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

bad moon


Há dias que devia ficar na cama, bem debaixo dos lençóis e não aparecer para ninguém.
Há dias em que me questiono-me todas as horas sobre o que sou e como faço enfermagem.
Dignifico esta profissão?
Ou apenas sou conflituosa e espero demais??
Espero de tudo o que não aparece??
Sinto-me triste.
Carente e desanimada por completo.
 Amanhã passa, só preciso de dormir.




domingo, 18 de julho de 2010

Anúncio de Lx e não da Ford!



Este é definitivamente um anúncio proibído para "emigras" (como me chama a M.) como eu...
Estava eu descansada a ver televisão e no intervalo de um programa inglês secante apercebo-me rapidamente de que era Lisboa ao fundo...hahahahaha Claro que nem liguei ao carro em questão! Concentrei-me antes na calçada portuguesa, nas linhas de eléctricos, na descida para o Martim Moniz, na torre da Galp etc etc etc....

As saudades às vezes deixam-me assim... descompensada!

Solidária

Bom, contado ninguém acredita, acho que só mesmo filmado ou em fotografias mas, ainda não as tenho. Então, hoje por volta das 11h lá estava eu à porta do hospital toda equipada para me juntar a todos os colegas numa caminhada em prol de causa solidária. "South Bucks Hospice" é um centro de cuidados paliativos e foi a instituição que decidimos apoiar.
Mas, não ficou só pela caminhada...
O percurso foi desde o hospital até ao enorme parque cheio de carros onde cada um pode vender tudo o que tem em casa e não gosta. Desde meias a televisões, passando pelos vinis e terminando nas plantas! Andamos pelo menos 5km e vendemos quase tudo durante três horas!
Hilariante.
O importante foi o que ainda conseguimos vender a 1£ e que reverterá a favor de quem precisa!


Não sei se temos atleta ou vendedora de feira!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mais uma que é tua.

Vou-te contar o que nunca me lembrei durante todos estes anos. Hoje, durante aqueles breves minutos a vida recuo-me nas mãos, nos pés, pela estrada fora sem parar. Quis correr bem fundo e rápido mas não a apanhei mesmo indo tão devagarinho. Haviam forças poderosas de atrito e nunca consegui alcançar.
Durante estes anos perdeu-se na memória aquele dia mas, hoje ao ver a minha doente afastar-se do Hospital na ambulância assim tão devagar, tudo me assaltou de repente. É impressionante a capacidade do ser humano em apagar tudo o que nos faz sofrer. Podemos demorar anos mas acabamos por apaziguar essa dor e evitar de todo esses maus pensamentos. Contudo, hoje relembrei cada segundo.
Eles entraram pela garagem, abrindo o portão verde, dirigiram-se à porta de madeira que a Nely fez questão de destruir e, encaminharam-se ao teu quarto. Agarram-te ao colo e sentaram-te na cadeira de rodas. Deitaram-te na maca lá fora e entraste deitada na ambulância. Ao fecharem a porta dei-te um beijo tão rápido como o tempo que passou. Ao ver-te partir, a MB agarrou-me o braço à esquerda e chorou que nem uma madalena dizendo que já não voltavas. Pergunto-me como soube ela tal fado?? Nunca diria mas foi o mais puro e duro dos juramentos, jurando verdade. Não voltaste.
Hoje, quando vi a minha doente de manhã fiquei sem chão. Já a achava parecida a ti. A mesma peruca, a mesma pele sardenta, o mesmo olhar divertido e sorridente. Tenho a seguido desde Janeiro. Mas hoje, trazia um turbante na cabeça, tal e qual aquele verde que usavas em casa. Pouco falou comigo, muito sonolenta e ausente. Administrei-lhe duas unidades de sangue. Rezei a cada minuto que entrei no quarto pedindo aos anjos e santos que lhe dessem força para recuperar mais uma etapa. No fim, acordou dizendo - "quero ir para casa, já posso?".
Mordi os lábios. Vi-te a ti, completa, serena a sorrir. Quis abraçá-la com toda a força pensando em ti, mesmo sabendo o egoísmo da minha parte. O marido estava desorientado, não sabia o que fazer. Senti a dor do meu pai atingir-me que nem flechas em alta velocidade.
Percorri todas as listas de telefone, impedi a recepcionista de sair, telefonei ao médico, verifiquei 10 vezes os sinais vitais, confirmei com ela se era a sua vontade e, com todas as minhas forças soube que esta noite ela iria dormir na sua cama, em casa. Depois de dez nãos por parte de empresas de transporte de doentes, lá arranjamos uma com muito esforço, confirmamos o pagamento na seguradora e a minha doente saiu do quarto na maca com dois socorristas. O marido não lhe largou a mão.
O meu turno acabou, agarrei na minha mala e fui com ela até à porta. Vi a ambulância partir devagarinho. Tão devagarinho como a tua e, desta vez sei que ela também não volta. Percorri a estrada a correr atrás dela, desorientei-me por momentos. Até que desisti e deixei-a partir...
 Devia ter insistido e corrido mais atrás de ti.
Nunca mais te vi desde esse domingo...
Quarta feira já não cheguei a ir ao Hospital, já não fui a tempo. E assim ficou a nossa história mal contada e mal resolvida.


Amar-te-ei para sempre*

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Faltam-me as palavras.

domingo, 11 de julho de 2010

Hoje quando vinha a caminho de casa parei 5 minutos a olhar para uma casa em construção. Lá dentro, uma família dava voltas e visitava as divisões da mesma. Por momentos o meu cérebro parou e o pensamento voou para 1994 ou 1995 já nem sei bem.
Recordo-me de andar a correr por entre tijolos e azulejos e, pousar de vez em quando para a fotografia que o pai tão cuidadosamente fazia. A casa era de sonhos, pelo menos para nós. Aquele cheiro a cimento acabado de fazer ainda me está na lembrança.
Uma noite, fiz uma birra enorme porque queria ir dormir à casa nova e ela ainda não tinha as mobílias lá dentro. De repente, os papás fizeram uma surpresa e fomos todos dormir em colchões, cada um no seu quarto. Ai aquele cheiro a madeira encerada de fresco e os vidros que retratavam a paisagem como em quadros de parede. Cada uma escolheu o seu quarto e os azulejos da sua casa de banho. Eu, como é óbvio escolhi cor-de-rosa! Laços cor-de-rosa.
Se soubesse o que sei hoje, tinha feito a birra muito tempo antes e, tinhamos vivido ali que nem ciganos e aproveitado cada minuto a mais. Depois dessa noite, nunca mais de lá saimos. Mas ainda muito há por fazer. Temos vivido cada dia e usufruido cada cantinho novo.

My shoes

irregularchoice.com


Esta semana acho que vou cometer uma loucura. Foi amor à primeira vista e, como tal, tenho de ser fiel a mim própria e presentiar-me com esta beldade rara, nunca antes vista. E claro, têm borboletas, o que me fascina ainda mais.
Eu mereço.

sábado, 10 de julho de 2010

Balancê

Google.com

Hoje qual não é o meu espanto que, sentadinha num café a saborear um batido de morango reconheço uma voz. Disse para comigo esta canção é portuguesa....
Sara Tavares meus amigos, pois é.
Num belo café, numa esquina inglesa, Balancê ao som das suas palavras.
Fiquei feliz e orgulhosa, confesso.

quinta-feira, 8 de julho de 2010



Às vezes gosto de falar comigo mesma. :)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ruanda

Google.com


Perto de um milhão de pessoas morreram no Genocídio que acabou em Julho de 1994. Guerra interna no Ruanda entre Hutus e Tutsis, duas etnias num mesmo país.
Não lhes valeu quase ninguém, talvez por não haver ali nada que pudesse ser dado em troca.
Onde estava eu em 1994?
A terminar a minha 4ª classe.
Quantos com a minha idade nessa altura deverão ter desaparecido entre chacinas, torturas, violações, disparos, granadas...
Acabo de ver um filme sobre este massacre humano.
  Sometimes in April.
Não há tradução ainda do filme em Portugal, salvo o meu possível erro. Não sei se chorar me é suficiente ou se tenho de ir vomitar.
Chamaram aos Tutsis, filhos da mesma terra vermelha, de baratas. Extreminaram colégios e igrejas inteiras. Onde estava o Deus nesta altura?
Durante estes 100 dias de captura e morte...
O mundo assistiu a isto de plateia. A ONU chegou tarde.
E eu agora só me lamento. Nem me lembro de mim nessa altura.
Darfur outro martírio de etnias que já dura desde 2003. Racismo que existe puro e duro ofuscando os direitos humanos e vontades próprias de cada um.
Não me convenço porque sou uma mulher de esperança e fé e de força por um mundo melhor, mas são guerras que deixam marcas em quem as vive e sobrevive.

domingo, 4 de julho de 2010

I hope it goes away.


Que dia escuro.
 Que chuva chata e barata.
Por uns dias esqueci-me de que estava em Inglaterra.
Julho.

"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade. "

Mariza, Chuva.

sábado, 3 de julho de 2010

Shrek

Madame Tussaud

Hoje foi um dia chato. Foi aquele dia saudoso irritante. Distante de casa já há um mês e pumba. Vem sempre aquele aperto de querer lá ir passar um fim-de-semana. Não tenho pai rico nem frequento muito o BES. É uma chatice...
Então, como gosto de contrariar estas parvoíces sentidas assim a uma sexta-feira à noite, fui ao cinema com uma colega de trabalho. Inicialmente foi estranho porque na verdade não nos conhecemos fora do Hospital mas, depois foi um tempo bem passado. É interessante que trabalhamos há um ano lado a lado e não sabemos nada a nosso respeito.
Lembrei-me dos três meses que vivi em Cabo Verde com a G. e o A. No início daquela viagem achei que seriam pessoas de passagem na minha vida (excepto a G. que já conhecia). Hoje, não vejo a minha vida sem eles.  
Sempre ouvi dizer que na vida umas pessoas passam e ficam, outras passam e deixam, outras ainda passam e levam.
O filme que escolhemos foi o último do Shrek. Sempre adorei o Shrek e, foi engraçado porque em Cabo Verde o A. sempre foi o Shrek e eu e a G. as Fionas. Gostava de ter estado com eles hoje a ver o filme!
Interessante como um desenho animado pode transmitir tantos sentimentos. Estava bastante curiosa para saber como poderia ter sido escrito e feito o 4º Shrek?! Na verdade o filme está bestial.
Desta vez relata um pouco do que se sente quando se perde... Muitas vezes queremos explodir com tudo e voltar atrás no tempo mas, quando a nossa rotina, o que se construíu não está lá, por perto... dói devagarinho. Infelizmente, vejo muito disto à minha volta. Pessoas que construíram famílias, relacionamentos e, de uma hora para a outra, sem se explicarem, acabam com tudo porque estão insatisfeitos ou porque querem o passado de volta. Fogem de compromissos e de responsabilidades em busca de serem livres de novo. Não acredito que fomos feitos para estar sós. Nem acredito que as pessoas se "cansem" do outro assim facilmente. Era bom que tudo acabasse como no filme. Happy Ending Forever After. Hoje não estou nos meus melhores momentos de inspiração.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Medicação enganosa

A minha mana hoje dizia qualquer coisa do género "... mas eu lá sou analgésico para fazer alguém sentir-se melhor?" e, eu em tom de brincadeira disse-lhe que ela era um anti-emético porque curava qualquer má disposição com aquele sorriso!



Tudo muito bonito até aqui mas depois comecei a desorientar-me no discurso farmacêutico com a M. Chegámos à bonita conclusão que temos sido soros fisiológicos na vida de alguém que, não estando viciados em nós, acabam por nos usar como hidratantes. Pelo contrário, também acabamos nós por gostarmos de estar ali, paradas, imunes à espera, como se funcionassem para apaziguar a dor. Morfinas. Poderíamos considerá-los morfinas. Muitas vezes foi mais um vício, uma obcessão, uma doença!
Com tudo, gostaria muito de me tornar uma Vitamina C para proporcionar defesas ou talvez um anti-coagulante para fluidificar tanto sangue grosso e ranhoso que anda por aí...

Mas o amor não é propriamente um prontuário terapêutico e, por hoje já chega de metáforas e ironias amorosas.  

quinta-feira, 1 de julho de 2010

FOME

Às vezes custa a acreditar. Seja em países civilizados ou não, acontece. Este filme foi premiado e foi bem merecido. Como se combate isto?